Como Manter Seu Cérebro Saudável e Jovem por Muitos Anos

A natureza projetou nosso cérebro de uma maneira incrível. Fomos arquitetados para sermos espertos e rápidos até os últimos dias da nossa vida.

Como afirma Dr. Norman Doigde, no livro O cérebro que se transforma, a natureza nos deu um cérebro que sobrevive a um mundo em transformação, transformando a si mesmo.

Se isso é uma realidade, me pergunto, porque há no senso comum a ideia de que o avanço da idade supõe o declínio cognitivo?

O envelhecimento não tem ligação com perda cognitiva. Esta falácia está, na verdade, relacionada com uma vida que não é adequada com aquilo que fomos geneticamente criados para fazer.

Por exemplo, muitas doenças, hoje, são provocadas principalmente pelo estilo de vida que levamos.

Como transformar isso? Trazendo nosso DNA de volta à programação original.

Não há dúvidas que a herança genética desempenha um papel essencial no que diz respeito ao risco de certas condições de saúde. Porém, temos poder de alterar nosso destino genético.

Há “seções específicas” do nosso DNA que, de certa forma, dizem aos genes como, quando e com que força eles devem se expressar.

O que isso significa? Que eles são o controle remoto. Não apenas da saúde e longevidade, mas também de como serão transportados nossos genes para o futuro.

O mais excitante é saber que podemos alterar a expressão e mais de 70% dos nossos genes que tem influência direta com a saúde e longevidade.

Se nossas escolhas possuem um efeito profundo na atividade dos nossos genes, como escolher melhor?

Estabilidade mental através da dieta

Sabe-se que muitos hábitos alimentares estão diretamente associados a transtornos psicológicos.

Falarei especificamente do glúten, para ilustrar como nosso corpo é um sistema interligado e holístico: ao deixarmos de lado os cuidados de uma parte do corpo, estamos instantaneamente comprometendo outra região.

Tenho um livro eletrônico sobre o glúten que pode ser útil em sua pesquisa. Clique aqui e baixe gratuitamente!

Sabemos que quando o intestino está ferido pela doença celíaca, devido ao intenso consumo de glúten, ele se torna ineficaz para a absorção de nutrientes (como zinco, triptofano e vitaminas do complexo B) que mantém nosso cérebro saudável.

É essencial lembrarmos que esses nutrientes são ingredientes necessários para a produção de substâncias químicas neurológicas importantes, como a serotonina.

A maioria dos hormônios e substâncias químicas do bem estar, como a serotonina, são produzidos pelo intestino. É um bom motivo para repensarmos os cuidados com esse órgão, pois não é à toa que chamamos ele de “segundo cérebro”.

Para saber mais sobre o glúten e informar-se a respeito dos seus malefícios, aconselho a leitura do artigo O pão que Jesus comia não é o mesmo que você come.

Nossa saúde mental está diretamente ligada ao alimento que consumimos

Para funcionar corretamente, nosso cérebro exige muitas calorias alimentares. Felizmente, nossa espécie desenvolveu as habilidades e inteligência necessárias pra sobreviver em situações extremas, como na escassez de comida.

A compreensão das nossas incríveis habilidades pode e deve ser utilizada para otimizar nossa vida em direção aos hábitos mais saudáveis possíveis – incluindo a dieta.

Poder do jejum

Ao contrário de outros mamíferos, nosso cérebro é capaz de utilizar uma fonte alternativa de calorias em períodos de fome.

Entre uma e outra refeição, o cérebro é abastecido permanentemente com um fluxo constante de glicose gerado a partir da decomposição de glicogênio, na maior parte do fígado e dos músculos.

Porém, esse estoque nos fornece glicose até certo ponto. Quando as reservas se esgotam, o metabolismo se transforma. Então, somos capazes de criar moléculas novas de glicose a partir de aminoácidos tirados de proteínas encontradas em nossos músculos!

Esse processo é chamado gluconeogênese. Esse processo tem pólos positivos e negativos: apesar de acrescentar a glicose no sistema, sacrifica os músculos.

Felizmente, nossa fisiologia muito inteligente oferece mais um processo para a produção de energia: quando não há comida disponível (em pelo menos três dias), o fígado usa a gordura do corpo para criar eficientes fontes de energia.

Essa produção ajuda a reduzir nossa dependência da gluconeogênese e preserva a massa muscular.

Além disso, o “combustível” gerado por esse processo, além de muito eficiente, protege nossas células neuronais contra a exposição a toxinas associadas ao Alzheimer ou Parkinson.

Essa fonte de energia (combustível) chama-se beta-hba. Pode ser obtida facilmente pelo acréscimo de óleo de coco à dieta, se desejar.

Além de melhorar a função antioxidante, aumenta o número de mitocôndrias e estimula o crescimento de novas células cerebrais.

Portanto, podemos perceber que jejum intermitente é uma maneira poderosa de aprimorar o cérebro e a saúde como um todo.

O jejum não apenas ativa a engrenagem genética, como também é responsável por nos levar a um estado de desintoxicação superior, reduzindo os processos inflamatórios e aumentando a produção de antioxidantes que protegem o cérebro.

Resumindo, o jejum aumenta a produção de energia e prepara caminho para um funcionamento melhor e mais nítido do cérebro.

Sete suplementos para turbinar o cérebro

Ao invés de nos concentrarmos no tratamento de doenças, que tal começarmos a pensar na prevenção delas? Para enriquecermos nossa saúde, além do primordial de uma rotina e alimentação saudável, também existem ferramentas que dão um upgrade na saúde mental.

A saúde do futuro certamente é preventiva. Saiba mais nesse artigo!

Vamos conhecer alguns suplementos?

DHA

O ácido docosaexaenoico (DHA) é um astro no reino dos suplementos. Esse ácido graxo representa mais de 90% das gorduras ômega 3 no cérebro. Pasme: 50% do peso da membrana plasmática de um neurônio é composto por DHA.

Já podemos presumir sua importância, não é?

Em primeiro lugar, o DHA é um componente-chave do tecido cardíaco. O preferido para a proteção do cérebro, e sua fonte mais rica está no leite materno.

Isso explica porque a amamentação deve ser sempre o primeiro e mais importante alimento em nossas vidas.

Apesar de ser encontrado de forma natural em óleos como fígado de bacalhau, salmão, anchovas, linhaça ou abacate, nenhum deles contém a quantia suficiente.

O mais indicado é buscar por um suplemento, e há uma grande quantidade de suplementos de qualidade no mercado.

Para os vegetarianos, uma boa notícia: a variedade de suplementos derivada de algas também é muito poderosa.

Resveratrol

A mágica por trás da ideia popular dos benefícios de tomar uma taça de vinho por dia está diretamente ligada ao composto natural Resveratrol.

Não podemos esquecer que Álcool definitivamente é fator de risco para desenvolver câncer. Dito isso, seguimos o assunto:

Esse componente encontrado na uva, não apenas retarda o processo de envelhecimento como também estimula o fluxo de sangue para o cérebro – auxiliando na saúde do coração e inibindo o desenvolvimento de células adiposas.

Já falamos sobre isso no artigo O Segredo das Uvas, se você se interessou pelo assunto e gostaria de aprofundá-lo.

O fato é que uma taça de vinho não possui a quantidade necessária de resveratrol. Para colher de maneira eficaz seus benefícios, cabe optar pela suplementação.

Cúrcuma

Você pode ter em sua cozinha e nem imagina os benefícios. Com cor amarelada, o tempero é utilizado há milhares de anos nas medicinas chinesas e indiana, como medicamento natural para uma série de males.

Diversas pesquisas têm evidenciado os efeitos anti-inflamatórios e oxidantes provenientes do seu ingrediente ativo, a curcumina.

Uma das armas secretas da curcumina está na capacidade de ativar os genes que produzem os antioxidantes necessários para proteção das nossas mitocôndrias.

Além disso, também melhora o metabolismo da glicose e, consequentemente, ajuda a reduzir o risco de doenças cardíacas.

Infelizmente nem com todas as refeições na base de cúrcuma conseguimos obter a quantidade necessária, por esse motivo, além de inserir esse tempero em nossa gastronomia também cabe a suplementação.

Probióticos

Esses microrganismos vivos auxiliam as bactérias residentes em nosso intestino, influenciando no comportamento do cérebro e ajudando a aliviar o estresse, a ansiedade e a depressão.

Os probióticos desempenham um papel na produção, absorção e transporte de substâncias neuroquímicas como a serotonina, dopamina e o fator de crescimento nervoso.

Esses fatores são essenciais para um cérebro saudável e função nervosa.

As informações processadas pelo intestino e enviadas ao cérebro, então, têm tudo a ver com nosso bem-estar. Por que não auxiliar o sistema, simplesmente ingerindo líquidos colaboradores?

Embora iogurtes possuam probióticos, o ideal é conseguir consumi-los por meio de suplementos que ofereçam uma boa quantidade de estirpes, incluindo lactobacillus acidophilus e bifidobacterium, e que contenham pelo menos 10 bilhões de bactérias ativas por cápsula.

Também é interessante inserir no seu dia a dia o kefir ou kombucha, bebidas probióticas que podem auxiliar no processo.

Óleo de coco

Como já citado anteriormente, o óleo de coco pode ajudar a prevenir e tratar doenças neurodegenerativas. 

Além de ser um supercombustível para o cérebro, o óleo de coco também reduz processos inflamatórios. Pode ser ingerido puro, com uma colher de chá, ou inserido nas receitas.

Por ter boa estabilidade térmica, o óleo de coco pode ser usado tranquilamente em altas temperaturas!

Ácido alfa-lipoico

Esse ácido-graxo está em basicamente todas as células do corpo que são necessárias na produção de energia para o funcionamento normal do corpo.

Ele cruza a barreira hemato-encefálica e atua como um poderoso antioxidante no cérebro, tanto em tecidos adiposos quanto aquosos.

Hoje cientistas já investigam o uso do ácido em tratamento para derrames e outras condições que envolvem danos aos radicais livres, como demência.

Infelizmente o estilo de vida moderno têm comprometido a produção desse ácido de maneira satisfatória. Como resultado, é aconselhado suplementar.

Vitamina D

Em primeiro lugar, é um erro chamarmos a vitamina D de vitamina. Isso porque, na verdade, ela é um hormônio esteroide lipossolúvel. Porém, para fins de facilitar a comunicação, seguimos:

A vitamina D tem um longo alcance sobre o corpo e, principalmente, sobre o cérebro.

Sobretudo por termos receptores de vitamina D em todo o sistema nervoso central, ela ajuda a regular as enzimas no cérebro e o fluido cérebro-espinhal, envolvidos na produção de neurotransmissores e também no crescimento de novos nervos.

Resolver a insuficiência de vitamina D pode exigir muitos meses de suplementação, ainda assim, os benefícios são especialmente relevantes.

Sua suplementação melhora significativamente toda a química do organismo, dos ossos ao cérebro, e até a sensibilidade à insulina.

A vitamina D conta com um apanhado incrível de informações aqui no blog. Clique para continuar lendo sobre ela!

Enfim, sabemos agora que um cérebro turbinado necessita de cuidados especiais. Porém, suplementações não são fórmulas mágicas. Resultados certeiros aparecerão com transformação de condutas.

Alimentação saudável sempre! Descasque mais e desembale menos, deixe de lado os produtos alimentícios que são vazios de nutrientes. E, principalmente, mexa-se!

Um cérebro turbinado também é resultado de um corpo em movimento. Exercícios físicos são a chave para a resolução de muitos males que acometem à saúde.

Espero ter trazido exatamente o que você buscava!

Como conselho extra, deixo aqui a indicação de um livro muito especial que foi inspiração para esse texto.

Sua leitura pode auxiliar muito no processo para manter nosso cérebro jovem: A Dieta da Mente, do Dr. David Perlmutter.

 

A alimentação é, sem dúvidas, um dos pilares da saúde

Vejam…Hipócrates, o pai da Medicina, pregava há muito tempo “Que o remédio seja o seu alimento e que o alimento seja o seu remédio”.

A verdade é que comer bem faz tudo funcionar melhor: seu metabolismo, seu potencial imunológico e todos os processos vitais para a manutenção de um corpo e cérebro saudável.

Em meu curso SEGREDOS PARA UMA VIDA LONGA falo mais sobre o papel da alimentação e da nutrição para uma vida longa e saudável.

O assunto é tão importante que dediquei um módulo inteiro para falar sobre ele!!

 

Clique aqui para conhecer o conteúdo programático do curso. 

 

Até a próxima!

Dr. Victor Sorrentino

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